Estou atrasadíssima com esse trip report da business class no A350 da LATAM de Paris para São Paulo, mas antes tarde do que nunca, não é mesmo? 😉
O VOO
De Paris para São Paulo são cerca de 11:30 de viagem, numa distância de 5.829 milhas. O voo saiu pontualmente às 23 horas e chegou à São Paulo pouco depois das 5 horas da manhã do dia seguinte.


O embarque foi extremamente confuso – a ordem de entrada dos passageiros a bordo não ficou clara. Como vocês sabem, no Brasil, idosos têm a preferência independentemente da cabine voada. E na LATAM em Frankfurt essa regra é respeitada.
Entretanto, em Paris o pessoal de terra começou chamando a fila de idosos simultaneamente aos passageiros na business e LATAM Black Signature, Black e Platinum, assim como Oneworld Emerald e Sapphire. Vocês podem imaginar a confusão …
A CABINE E O ASSENTO
O A350 é o mais novo widebody da família LATAM, que perdeu a oportunidade de organizar a cabine executiva de modo que todos os assentos tivessem acesso ao corredor. A configuração escolhida foi 2-2-2.


Eu acho que os assentos são bem bonitos especialmente o contraste de cinza com vermelho.


Apesar da configuração 2-2-2, os assentos têm amplo espaço para as pernas e quando se transformam em cama, não há restrições para os pés, o que eu acho ótimo. É o mesmo estilo dos B77W e também da business da Turkish Airlines.


Entretanto, não há qualquer lugar para guardar celular ou computadores à mão. O único porta volumes fica na parte inferior do descanso dos pés. Ele é bem grande, mas pouco prático para as necessidades durante o voo.


A tela de entretenimento tem bom tamanho, assim como a mesa, embutida na lateral do assento.




Os controles do assento são de fácil manuseio mas, ao meu ver, ficam em um lugar inadequado. Sem querer, todas as vezes que colocava o cotovelo na lateral, eu acionava algum botão e mexia na configuração do assento …


Um outro problema – que também está presente nos B77W da empresa – é que as tomadas ficam “escondidas” na lateral do assento e são difíceis de alcançar.


O AMENITY KIT E OUTROS PRODUTOS OFERECIDOS A BORDO
No início do ano, a LATAM reformulou seus excelentes amenity kits da Salvatore Ferragamo. Agora, a bolsa não tem marca e o conteúdo é da L’Occitane, que é uma marca muito boa, mas que não chega ao nível de excelência e de variedade dos itens Ferragamo que eram oferecidos até 2017.




Os fones de ouvido são genéricos, mas cobrem toda a orelha. Poderiam ser melhores? Sim, claro! A AA oferece Bose, por exemplo. Mas acho que esses fones dão conta do recado para assistir filmes a bordo de um avião.
O SERVIÇO DE BORDO
Ainda em solo, os comissários passaram oferecendo forros para os assentos, o que aceitei prontamente.


Também antes da decolagem, foram oferecidas bebidas e nuts.


O menu do voo era o seguinte:




E para beber, as escolhas eram as seguintes:


Fiquei surpresa ao ver espumante Cave Geisse à disposição dos passageiros. Para mim, é um dos melhores do Brasil.




Algum tempo depois da decolagem, começaram o serviço de bordo oferecendo bebidas.


Para o jantar, escolhi a carne – já sabendo do risco que estava correndo. Risco esse que é com todas as cias aéreas, é bom ressaltar. Servir carne a 10.000 metros de altura é complicado, porque ela tende a ressecar (na AA já me serviram uma carne completamente desidratada – não deu para comer mesmo).


Mas, contudo, porém … apesar de estar mais para bem-passada (gosto dela mais rosada), o prato estava bom. Não tinha algumas invencionices dos novos chefs e que, muitas vezes, dão muito errado. Era um filet com batatas assadas, ervilhas e tomates. Simples e bom. Assim que eu gosto.


Mas a surpresa mesmo veio na salada: também simples, mas as verduras estavam frescas e muito crocantes.


O café da manhã, por outro lado, estava difícil …


Comi pouquíssimo … os ovos não estavam nada, nada bons.


O pão também estava muito ressecado.


Me sobraram as frutas – o que contribuiu bastante para a minha dieta … 😉


CONCLUSÃO
Foi a primeira vez que viajei no A350 da LATAM e a diferença para o B77W é gritante. Tomara que a LATAM faça um retrofit, já que a frota do B77W é nova – algo em torno dos 10 anos de idade.
Quanto ao serviço de bordo, eu achei o jantar bom e o café ruim. Os comissários são sempre muito simpáticos – nunca peguei um comissário LATAM internacional mal-humorado. Falta aquela proatividade que muitos conhecemos, mas na minha opinião, as equipes brasileiras são bem melhores do que as americanas, por exemplo.
Eu emiti essa passagem em econômica com 39.000 pontos Multiplus e consegui o upgrade no aeroporto. Logo, valeu super a pena.