Para a minha visita a Chernobyl, eu emiti um bilhete para voar Lufthansa até Frankfurt e, de lá, para Kiev. Este é o primeiro dos dois trip reports da ida.
O VOO
O LH501 saiu do Galeão pontualmente às 20:40 hrs para percorrer as 5.932 milhas que separam as duas cidades em 11h30mins de voo. No início, sobrevoando Minas Gerais, tivemos um pouco de turbulência, que foi repetida quando voávamos sobre o Atlântico, como é de costume. Mas nada fora do normal. Tudo correu tranquilamente até o pouso em Frankfurt no final da manhã.
A CABINE
A classe executiva do B747-400 é dividida em três cabines: no primeiro andar, há uma na parte dianteira do avião (onde fiquei), e uma posterior. No segundo andar, há uma terceira cabine. Todas as três têm configurações diferentes.
Na parte superior – fileiras 81 – 86, a configuração é 2-2.
Na parte inferior, as fileiras 1 – 3 têm configuração 2-2, mas a fileira 4 tem um assento isolado no meio – ideal para quem viaja sozinho – em uma configuração 2-1-2.


Já a cabine posterior tem a configuração 2-3-2, bem abaixo da expectativa para uma empresa como a Lufthansa.


O ASSENTO
Vou mostrar o assento individual, que eu pouco vejo nas avaliações que temos disponíveis na internet.
Ele tem uma partição na parte direita, que confere privacidade ao passageiro, apesar do lado esquerdo ser mais exposto.








Dos assentos da executiva, ele é o que tem melhor espaço para os pés.


Compare com o espaço dos assentos A e K, da janela:


E com os assentos C e H, do corredor:


No mais, o assento individual tem as mesmas características dos demais assentos.


Nos saquinhos brancos, a Lufthansa disponibiliza colchões para forrar o assento cama. As telas de entretenimento têm um bom tamanho e como os assentos ficam desalinhados em relação a elas, é necessário reposicioná-las.


O controle de regulação fica no braço do assento, que também dispõe de um pequeno espaço para bebidas.


Há dois compartimentos no assento: um com revistas e mapa do avião, e outro em que fica uma garrafa d’água e o amenity kit. Um dos problemas desse assento é a falta de compartimentos para guardar as coisas. Só resta um pequeno espaço abaixo do descanso dos pés, mas ali só cabem os sapatos.


Há tomadas elétricas e portas USB em todos os assentos.




A mesa fica embutida na lateral do assento, juntamente com o controle do IFE, que é bem simples.




Ele se transforma em assento-cama e, com o colchão, fica confortável para dormir.


O AMENITY KIT E OUTROS PRODUTOS OFERECIDOS A BORDO
Essa é uma área que a Lufthansa necessita olhar com mais carinho, como eu já disse anteriormente. O formato do kit desse voo de novembro foi diferente daquele de outubro (clique aqui para ler). Achei mais bonitinho, mas ainda assim fica devendo. o conteúdo é idêntico.




Também foi distribuída uma camisa de pijama da Van Laack, que são ótimas pra gente dormir confortável. Esse é um diferencial importante da business da Lufthansa, na minha opinião.




Os fones de ouvido são Bose, de ótima qualidade.
O SERVIÇO DE BORDO
Abaixo, o menu do voo:














Como é tradição, logo após a decolagem uma toalhinha quente foi disponibilizada para a higiene das mãos.


Em seguida, o serviço de bordo começou com as nuts aquecidas acompanhadas de drinks. Escolhi o vinho branco alemão. Observem o desnível do vinho e da água por conta da turbulência que mencionei anteriormente …


Para jantar, eu escolhi a salada de grão de bico com bacalhau, que estava muito boa.




Como prato principal, mantive a preferência por produtos do mar ao selecionar o camarão marinado no mel de gengibre, que veio acompanhado de uma salada verde com aspargos.
As bordas vieram tostadas, como dá para ver no molho do camarão. Isso significa que o arroz também estava meio duro nas pontas. Mas … gente, eu sou daquelas que ama arroz levemente queimado, então, o que é uma reclamação pra muitos, pra mim estava ótimo. Só o camarão que tinha passado do ponto e estava meio ressecado e o molho, que era saboroso, amenizou muito o problema. Não foi uma refeição excelente, mas foi bem razoável.


A salada de aspargos estava fresca que, para mim, é o que importa.




Finalizei o jantar com uma marquise de chocolate, com laranja e manga que estava deliciosa, acompanhada de vinho do Porto.




Ao final, a comissária distribuiu uma caixinha com trufas de chocolate.


O serviço de café da manhã começou com as bebidas. Como de costume, escolhi suco de laranja e café preto.


Além disso, tinha a opção salgada – omelete, e doce, panqueca. Escolhi a omelete, acompanhada de frios e frutas.




Os frios eram salame, prosciutto, e bacon canadense defumado, com queijo gruyère.


Não tenho nada a reclamar da refeição: ela foi correta sem ser excepcional ou ruim.
COMENTÁRIO FINAL
Esse foi o segundo voo em executiva com a Lufthansa saindo do Rio de Janeiro para Frankfurt em dois meses seguidos. Como eu já havia comentado antes, a experiência é, no geral, boa. Há melhores? Sem dúvida. As asiáticas oferecem um serviço superior, mas para as europeias a Lufthansa está na média.
A questão é a configuração da cabine, especialmente nessa aeronave, em que há uma seção 2-3-2 – muito abaixo do que hoje é considerado padrão na indústria.
Repito, também, as críticas ao amenity kit e à qualidade dos vinhos servidos.
A área de excelência da empresa é, sem dúvida, o atendimento da equipe em geral, além dos serviços de terra em Frankfurt para os passageiros da First (mas isso é matéria para um próximo post). O pessoal do aeroporto é sempre muito educado, e os comissários super profissionais e gentis também.