A Lufthansa anunciou, nos idos do longínquo ano de 2017, a sua nova classe executiva.
Os planos da voadora alemã incluíam a estreia da nova cabine em 2020. Só que veio a pandemia e o resto está sendo história.
Entretanto, ontem, a Boeing anunciou que as suas aeronaves B77-9 só serão entregues em 2023, ou seja, com três anos de atraso. Como a Emirates é a cliente que vai receber as primeiras aeronaves da nova safra da Boeing, outras transportadoras, como Lufthansa e Singapore Airlines, devem receber as suas encomendas somente em 2024.
A nova classe executiva da Lufthansa vem para suprir uma lacuna da empresa alemã. Em termos de experiência, a sua primeira classe é festejada como uma das melhores do mundo – temos um review aqui no blog que comprova a excelência do produto (clique aqui para ler).
Entretanto, a classe executiva deixa a desejar em termos de hard product. Nem todas os assentos têm acesso direto ao corredor e, em algumas aeronaves como no B747-400, a configuração é sofrível: 2-3-2.


Aliás, a Singapore também planeja um retrofit de sua classe executiva e da primeira a ser apresentado na nova aeronave da Boeing. Inclusive, a Singapore já apresentou a cabine nova para alguns acionistas majoritários e seus maiores viajantes frequentes que tiveram que assinar um termo de confidencialidade para conhecer o novo luxo aéreo asiático.
Outra empresa conhecida aqui do blog, uma favorita dos leitores, e que também foi impactada com o atraso, é a Cathay Pacific. A Cathay foi ainda mais pessimista e avisou que o seu B779, que abrigará a sua nova first e business, só irá voar em 2025.
Algumas Palavras
A pandemia abalou a atividade de transporte aéreo com toda força. Entretanto, não se pode dizer, nesse caso, que ela seja a única responsável pelo atraso na entrega das aeronaves. Pouco antes do cataclisma que abalou o planeta, a fabricante americana estava às voltas com as tragédias e o escândalo da certificação do B737-MAX nas manchetes dos jornais do mundo. O problema do MAX influenciou o cronograma da empresa e a pandemia agravou a situação.
De qualquer modo, do jeito que as coisas vão, a normalização das viagens internacionais a turismo só começarão a se normalizar ano que vem – isso se não aparecerem novas cepas do SARS-COVID19 imunes às vacinas atuais …