Com as mudanças no LATAM Fidelidade, muitos leitores estão buscando alternativas para terem status com outras companhias aéreas da Oneworld. A aliança é pequena comparada com a Star Alliance e com o Skyteam, o que dificulta bastante a escolha.
Além disso, há programas que são absolutamente inviáveis para brasileiros como o Marco Polo Club (Cathay Pacific), o JAL Mileage Bank, o Finnair Plus, o Royal Plus da Royal Jordanian e o Privilege Club da Qatar por motivos diversos.
O Qantas Frequent Flyer é ótimo para alcançar status, mas exige um mínimo de 4 trechos voados com a companhia ou por ela comercializados. Fica difícil ir todo ano à Austrália para ser cliente elite com a companhia (pelo menos para mim).
O BAEC e o Iberia Plus têm requisitos muito rigorosos para conseguir status. No BAEC, por exemplo, são necessários 4 voos ida e volta na premium economy entre Rio e Londres para conseguir ser Silver, que é Oneworld Sapphire. O custo seria de R$ 20.000,00/ano. Para ser Emerald, é necessário gastar R$ 50.000,00 em 10 voos ida e volta na premium economy entre Brasil e Londres.
Sobra o AAdvantage.
O AAdvantage eu já expliquei extensivamente em um tutorial de 7 posts (clique aqui para acessar). Mas resumidamente, vou falar do Sapphire e Emerald com o AAdvantage.
Em primeiro lugar é importante falar que é mais vantajoso voar com as parceiras – com elas o gasto mínimo (EQD – elite qualifying dollars) é com base em um percentual sobre a distância voada. Voando AA, é o valor da tarifa em dólares. A
Assim, se você voa para Miami ao custo de USD 1.250 (sem taxas ou qualquer outro valor incidental), você consegue exatos 1.250 EQDs.
AAdvantage Platinum (OW Sapphire) – equivale ao LATAM Platinum
Gasto mínimo de USD 6.000 + 50.000 milhas voadas.
Uma ida e volta do Rio para Londres na BA dá cerca de 11.400 milhas por um preço médio de R$ 5.000,00 ida e volta (o que equivale a, aproximadamente, USD 1.250). Voando em premium economy/business isso dá USD 2.280 dólares qualificáveis + 17.100 milhas percorridas. Logo, são necessárias 3 viagens para a qualificação, ao custo de R$ 15.000,00/ano.
Observem a discrepância dos EQDs auferidos voano AA ou B com o mesmo valor gasto – USD 1.250. Na BA, você consegue 1.000 EQDs a mais.
AAdvantage Executive Platinum (OW Emerald) – equivale ao LATAM Black e Black Signature.
Gasto mínimo de USD 12.000 + 100.000 milhas voadas.
São as mesmas considerações acima, só que em dobro: 6 viagens Rio – Londres ida e volta na premium economy da BA, ao custo total de R$ 30.000,00 ano.
Considerações
É barato? Longe disso, mas é mais barato do que voar LATAM, que ainda exige – sem qualquer parâmetro de razoabilidade, a meu sentir – uma quantidade absurda de trechos voados ou comercializados com a empresa.
Mas é necessário fazer uma observação fundamental: das três legacy carriers americanas, somente a AA exige EQDs mínimos de residentes fora dos Estados Unidos.
Se o seu objetivo é ter status com qualquer aliança, é possível filiar-se ao Mileage Plus da United, que segue a mesmíssima lógica do AAdvantage – EQDs via parceiras de acordo com a distância voada, e trocar as companhias Oneworld pela Star Alliance. Com 50.000 milhas já é possível ter o status Gold do Mileage Plus, que equivale ao Gold da Star Alliance, o nível de status mais alto da aliança. Mas tem a exigência de 4 trechos voados com a United ao ano, sendo que os voos em tarifa basic economy não contam (obrigada, Denis, pela informação!).
Quanto à Oneworld, o AAdvantage é, ao meu ver, a alternativa mais viável para nós, brasileiros. Não vou fazer uma análise mais profunda da Star Alliance porque estou esperando as mudanças do Amigo. Mas eu recomendo a leitura do post em que analiso Asiana Club (clique aqui para acessar).
OBS. O leitor Guilherme P. teceu considerações sobre o Privilege Club da Qatar, mas há o requisito de um mínimo de 4 trechos voados/ano para qualificar para status. Vou estudar mais a fundo o programa hoje e amanhã baixo um post exclusivo sobre ele, caso ele seja realmente vantajoso.