A volta para o Brasil continuou no voo 392 da Singapore Airlines que liga Singapura a Istambul. Emiti esse voo na tabela antiga do Amigo, por 40.000 pontos. Bons tempos que não voltam mais …
O VOO
O voo da Singapore Airlines para Istambul sai na madrugada – o red-eye – 1:50 da manhã. São 10h30 mins de voo, chegando em Istambul de manhã cedo, devido à diferença de fuso horário.
Tudo transcorreu bem, mas uma curiosidade é que, a cada sacolejo, o aviso de atar o cinto de segurança era ligado e o piloto anunciava no alto-falante. Incomodou demais, porque foram muitas vezes e a turbulência nem era tão forte. Não me lembro disso ser padrão nas companhias aéreas em que costumo voar.




A CABINE E OS ASSENTOS
O B772 da Singapore Airlines não foi retrofitado e a cabine, assim como os assentos, estão bem defasados em termos do que é oferecido pelas melhores companhias aéreas do mundo hoje em dia.
A configuração é 1-2-1 e os assentos são super-amplos e confortáveis, o que é a grande vantagem deles.




O travesseiro, o cobertor e o colchão ficam acomodados na parte posterior do assento.


Em termos de controles, tela de entretenimento e espaço para guardar objetos pessoais, o assento deixa a desejar.






















Dá para perceber o bem desgaste da cabine na mesa que fica embutida no braço da poltrona.


A Singapore Airlines não oferece amenity kit nem pijama para a classe executiva. A empresa fornece chinelos, como aparece na primeira foto do assento, e máscaras para dormir. Escova e pasta de dentes, assim como pentes e toalhas podem ser econtrados no banheiro.
Abaixo, os fones de ouvido disponibilizados.


O SERVIÇO DE BORDO
O serviço de bordo da Singapore é considerado um dos melhores do mundo. Ainda em terra foram oferecidos drinks. Eu optei pela água porque estava com o estômago vazio.


Assim que atingimos a altitude de cruzeiro, o serviço de bordo foi iniciado com drinks e nuts. Eu optei pelo vinho branco.


O menu do voo e a carta de vinhos e drinks eram os seguintes:
























A Singapore tem o serviço de Book the Cook, em que o passageiro da business e da first podem escolher, de antemão, o que vão comer durante o voo. O cardápio online é imenso e eu escolhi o prato tradicional da Singapore: a lagosta ao thermidor.
A entrada de salmão defumado estava ok.


Para acompanhar, eu escolhi o igualmente tradicional pão de alho da Singapore. Ele estava muito saboroso. Entretanto, a equipe não esquentou ele suficientemente e o pão estava morno. Se estivesse quente, seria nota 10.


Em seguida, foi servida a lagosta, acompanhada de aspargos, tomate cereja e arroz ao açafrão.


Gente, a lagosta também estava … morna … que tristeza …


Depois dessa decepção, só me restou dormir. Mas acordei no meio do voo com fome. Decidi pedir noodles com frutos do mar. O comissário me avisou que os noodles eram tipo miojo … rsssss … mas o camarão e o tempero eram preparados pelo catering da empresa. Eu topei.
Mas assim que eu pedi, o comandante sinalizou turbulência e pediu que todos ficassem com os cintos atados, o que paralisou o serviço de bordo. A turbulência foi mínima e não durou mais do que uns 5 minutos, se tanto. Passados 40 minutos sem meu miojo, eu chamei o comissário e perguntei se o piloto não havia esquecido de desligar o aviso. O comissário riu e foi perguntar na cabine. Finalmente, tudo se normalizou e em 5 minutos o meu miojo foi servido. Quentinho, como deveria ser!
Ah, e estava bem saboroso mesmo. O camarão – pena que era só um – estava no ponto.




Para o café da manhã, eu pedi um croissant com frutas e sucrilhos, e café para acompanhar.




CONCLUSÃO
Desde o início eu sabia que o B772 da Singapore é uma aeronave defasada, então, não tenho o que reclamar. Na época, eu poderia ter escolhido voar com a Turkish, mas geralmente dou preferência à empresa do país de origem do voo, ainda mais em se tratando da Singapore. Não iria desperdiçar a oportunidade de pedir a famosa lagosta ao thermidor, que me decepcionou tremendamente. Mas convenhamos que esse foi um problema da equipe, que não esquentou devidamente o prato – e o pão de alho também. Inicialmente, eu achei que poderia ter sido um problema com o forno da aeronave, mas como o meu miojo chegou quentinho, entendi que foi “erro humano”.
Em termos de atendimento, todos os comissários que me atenderam foram extremamente gentis e profissionais. Todas as vezes que eu apertei o botão chamando a tripulação, em 15 segundos tinha um comissário perguntando o que eu queria. Nota 10.
Eu voaria com a Singapore de novo? Sem dúvida, até mesmo para apagar a má impressão desse voo. Mas das refeições em avião até aquele momento da viagem, a empresa amargou o último lugar.